Com investimentos de R$ 12,6 mi, obras no Terminal...

Publicada em: 19.02.2017

Com investimentos de R$ 12,6 mi, obras no Terminal do Cujupe priorizam mão-de-obra local

Com grande parte da mão-de-obra formada por trabalhadores da região, começa nos próximos dias a obra de reconstrução do novo Terminal do Cujupe, em Alcântara, que marca a segunda etapa do projeto de melhorias do Governo do Maranhão no local. A primeira etapa, de instalação de 365 metros de passarelas cobertas, foi entregue no final de 2016, antecipando-se ao período de chuvas. Agora, logo depois do carnaval, começa a construção de uma nova estrutura para embarque multimodal de passageiros, beneficiando tanto o transporte aquaviário quanto o rodoviário, que movimenta, a cada ano, 1,7 milhão de pessoas e cerca de 300 mil veículos.

“Essa obra representa um novo momento para a população da Baixada Maranhense, gerando mais negócios, mais investimentos e mais desenvolvimento para essa região tão importante”, disse o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago.

O novo terminal, orçado em R$ 12,6 milhões, além da concepção multimodal, contará com um sistema de reaproveitamento de águas de chuvas, reformulação de pátio de espera e estacionamento, reforma estrutural da área do entorno, reorganização do comércio ambulante e pavimentação de toda a área do terminal.

Segundo o representante da construtora responsável pela obra, Francisco Alves Junior, contratar mão-de-obra local é vantajoso para todos. Para a empresa, significa redução de custo (alojamento e transporte, por exemplo) e tempo. “De fora da região vamos trazer somente o corpo administrativo. A maioria dos trabalhadores vai ser daqui mesmo do Cujupe e da região. Fizemos uma pré-seleção no terminal e conseguimos, com apoio do Sine – Sistema Nacional de Emprego -, direcionar, de acordo com as nossas necessidades, oficial de obra, carpinteiro, pedreiro e também vigia, almoxarife, assistente de RH. Todo esse pessoal a gente conseguiu aqui na comunidade”, disse.

Força-tarefa

O governador Flávio Dino determinou atenção especial à comunidade do Cujupe durante todo o processo de implantação do novo terminal e desde o início da gestão, em 2015, um trabalho multidisciplinar vem sendo desenvolvido, sob a coordenação da área de Responsabilidade Social da Emap, com apoio de diversos órgãos estaduais. O objetivo é preparar os membros da Associação dos Vendedores Ambulantes do Terminal do Cujupe para atuar na nova estrutura.

Na noite da última sexta, 16, o Governo do Maranhão apresentou o projeto do Novo Terminal do Cujupe à Associação. O encontro, dentro do terminal, contou com a presença da equipe técnica da Emap e representantes das secretarias de Emprego Trabalho e Economia Solidária (Setres), Agricultura Familiar (SAF), do Sebrae e da empresa responsável pela obra. A gerente de Responsabilidade Social da Emap, Deborah Baesse, representando a presidência da Emap, convocou os comerciantes a enfrentar o período de obras com tranquilidade e foco nos resultados que virão para todos. Importante destacar que a obra será realizada em duas etapas, com o cuidado de manter as operações.

“Os empreendedores que tiram seu sustento da atividade no terminal serão capacitados para trabalhar em boxes dentro do novo Cujupe. Para isso a Emap contratou o Sebrae-MA, que inicia nesta segunda-feira um trabalho que prevê análise de viabilidade econômica e das necessidades de adaptação, melhoria dos micro e pequenos empreendimentos instalados no local”, afirma Deborah Baesse.

Emprego e renda

O ordenamento dos ambulantes será realizado com base em dois fatores: o consumidor, que terá um espaço revitalizado e seguro no que se refere ao consumo de alimentos. Já os empreendedores passarão a enxergar a sua atividade como um negócio que gera renda e pode melhorar, continuamente, a qualidade de vida da população que reside no entorno do terminal e a economia, com o estímulo à produção local.

“Se haverá um novo terminal, com uma nova estrutura para os passageiros, é necessário que haja também uma nova maneira de atender os usuários do sistema hidroviário com oferta de produtos certificados e seguros. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do empreendedorismo na região da Baixada e entre os que já empreendem no Cujupe”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae, João Martins.

“A Associação está muito feliz com essa palestra e com a parceria que a gente tem com a Emap, que tem nos ajudado muito em tudo o que precisamos. E através dessa obra aqui nós esperamos que toda a comunidade do Cujupe e toda a Baixada seja beneficiada”, comentou seu Antônio Dionísio, presidente da entidade, ao final do encontro.

A supervisora Isaura Moreira Lima, da Secretaria de Estado do Trabalho, participou da reunião para falar sobre a atuação do Sine nesse cenário. “O Sine está cadastrando, selecionando e encaminhando pessoas aqui da comunidade do Cujupe e entorno, de acordo com o perfil que a empresa vai precisar para a construção do novo terminal e vai atuar durante todo o período da obra”, explicou. “Nosso papel aqui é auxiliar e dar oportunidade ao trabalhador maranhense nessa obra”.

Para a Secretaria de Agricultura Familiar o foco é identificar a cadeia produtiva. “Estamos fazendo um estudo para saber o que eles fazem e identificar a cadeia produtiva. Vamos olhar para o que eles vendem e orientá-los a produzir a matéria-prima, e fortalecendo a cadeia produtiva para que o recurso gire dentro da comunidade”, afirmou o superintendente da SAF, Pedro Belo.

Todo esse esforço está alinhado com a missão que o governador Flávio Dino confiou à gestão da Emap, que é a de consolidar o Porto do Itaqui e seus terminais externos como meio de desenvolvimento para o Maranhão e sua área de influência, contribuindo para o desenvolvimento do estado, gerando emprego e renda.

O QUE JÁ FOI FEITO

– O elo de maior contato da comunidade com a Emap são os terminais externos, sobre os quais a Empresa responde pela infraestrutura e segurança dos usuários. Ainda em 2015 o Governo do Estado regulamentou o serviço de transporte aquaviário, com a criação da Agência Estadual de Transporte Aquaviário e Mobilidade Urbana (MOB).

– De 2015 para cá muitos foram os avanços: O Terminal da Ponta da Espera e concluído o projeto para a construção do novo Terminal do Cujupe. Ao longo do ano a Ponta da Espera ganhou uma unidade do Juizado de Menores, sistema de informação em circuito fechado de televisão (nos dois terminais), embarque preferencial (van para transporte de pessoas com mobilidade reduzida) e estratégia de ordenamento de fluxo de veículos e passageiros em feriados. A ação reduziu a espera e melhorou o atendimento. Além disso, foi instalado serviço de internet gratuita aberta a todos os usuários nos dois terminais.

– No final de 2016 foi entregue à população a nova Área de Vivência da Ponta da Espera e as novas passarelas do Cujupe.